Por determinação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o consumo do milheto passa a ser autorizado para a produção de alimentos destinados ao consumo humano a partir do ano que vem.
O cereal, que antes era utilizado apenas para cobertura do solo e produção de rações para animais, depois da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC 493/2021), publicada no último dia 22 de abril de 2021, também poderá ser incluído em produtos constituídos exclusivamente por cereais, por exemplo, farinhas integrais.
Além do milheto, outros itens que compõem a lista são: cariopses intactas de alpiste, amaranto, arroz, arroz selvagem, aveia, centeio, cevada, fonio, lágrimas-de-Jó, milheto, milho, painço, quinoa, sorgo, teff, trigo, trigo sarraceno e triticale.
O diretor da AGRO N, Ricardo Naves, explica que essa mudança aumenta consideravelmente o potencial de cultivo da espécie e garante ao produtor mais vantagens para o plantio dessa variedade. “O milheto é o sexto cereal mais produzido no mundo, mas antes, o grão dele era visto como subsistência. Segundo dados oficiais, hoje mais de 5 milhões de hectares são dedicados à essa cultura, agora, com a ampliação de possibilidades no consumo, esse número deve crescer”, disse ele.
Segundo matéria publicada no portal Dia Rural, “além de serem isentos de glúten, os grãos de milheto têm teor proteico, lipídico e de fibras alimentares superiores aos grãos de arroz e milho, que se soma a um teor de aminoácidos essenciais (por exemplo: leucina, isoleucina e lisina) superior a cereais tradicionais, como o trigo e o centeio. O milheto também tem característica hipoglicêmica, fundamental para controle do peso e redução do risco de aparecimento de doenças crônicas, como diabetes tipo II”.
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